O número de pedidos de recuperação judicial cresceram 113,5% no primeiro semestre de 2016 em relação ao mesmo período de 2015; já os pedidos de falência cresceram 26,5%. Quanto aos pedidos deferidos, as recuperações jurídicas aumentaram 118,8%, e as falências, 11,3%. A pesquisa foi feita pelo Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC).

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A advogada Thalita de Marco Vani e o Dr. Fernando Augusto Fernandes.

Os dados apontam uma fraqueza na economia brasileira, mas, pelo menos, significam também mais trabalho para os escritórios de advocacia.

Durante o Encontro de Benchmarking para a Gestão de Escritórios de Advocacia, realizado em São Paulo em 29 de junho, a advogada Thalita de Marco Vani contou que “os serviços de recuperação judicial e cobranças aumentou devido ao momento econômico”. Para o Dr. Fernando Augusto Fernandes, “a crise econômica gera demanda na advocacia e dificuldades nos recebimentos”.

TABELA1

O crescimento das falências no primeiro semestre de 2016 é bem mais significativo do que o apresentado no primeiro semestre de 2015, quando os pedidos acumulavam alta de 9,2%. Para o SCPC, a fraca atividade econômica e os elevados custos atingiram fortemente o caixa das empresas ao longo de 2015, e os pedidos de falência fecharam aquele ano com crescimento de 16,4%. Já as recuperações cresceram 51,0%. A tendência de alta não só continuou como se intensificou no primeiro semestre deste ano.

Separação por porte

A pesquisa detalha também como estão distribuídas as falências e recuperações judiciais pelo tamanho da empresa no primeiro semestre de 2016, a partir dos critérios adotados pelo BNDES.

As pequenas empresas, por exemplo, representam cerca de 86% dos pedidos de falências e 92% das falências decretadas. Tanto nos pedidos de recuperação judicial como nas recuperações judiciais deferidas, as pequenas empresas também correspondem ao maior percentual: 93% e 92% respectivamente.

TABELA2

Por setor

Na divisão por setor da economia, o de serviços foi o que representou mais casos nos pedidos de falência (40%), seguido do setor industrial (34%) e do comércio (26%). Embora não seja o setor responsável pelo maior percentual de falências, o setor industrial foi o único que cresceu acima dos 26,5%, subindo 30,6%. Serviços cresceram 29,5%, e comércio, 16,3%.

Com informações de: ConJur

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