No sistema oficial do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), consta que Alexandre de Moraes determinou a prisão de si mesmo. O documento foi inserido nos registros de mandados de prisão, na noite desta quarta-feira (4/1). A “síntese da decisão” é repleta de ironias à atuação do ministro do STF, evidenciando uma provável invasão ao site.

“DETERMINO, por fim, a extração integral de cópias e sua imediata remessa para o Inquérito n. 4.874/DF e de todos os inquéritos de censura e perseguição política, em curso no SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL para o CNJ, a fim de que me punam exemplarmente. Diante de todo o exposto, expeça-se o competente mandado de prisão em desfavor de mim mesmo, Alexandre de Moraes. Publique-se, intime-se e faz o L.”, diz trecho do mandado de prisão.

É provável que o documento seja fruto de ataque hacker ou, então, de algum funcionário com acesso ao sistema de registro de mandados de prisão. Cabe aos tribunais de Justiça alimentar a página do CNJ.

Atualizações: (06/01)

Agentes da Diretoria de Crimes Cibernéticos da Polícia Federal passaram a manhã desta quinta-feira (05) na sede do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A equipe analisou computadores e o sistema do Banco Nacional de Mandados de Prisão, que teria sido alvo de um ataque que possibilitou a inserção de um “mandado de prisão” falso contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

A CNN apurou com os envolvidos na investigação, que o caso está sendo acompanhado de perto pelo diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues. Até o momento, os policiais escalados para a missão trabalham com três hipóteses: má fé, roubo ou clonagem de credencial usada por um servidor do CNJ.

Na noite de quarta-feira (4), O Conselho identificou inconsistência “fora do padrão” no Banco Nacional de Monitoramento de Prisões, introduzida por alguém com autorização. A falsa decisão dizia: “expeça-se o competente mandado de prisão em desfavor de mim mesmo, Alexandre de Moraes”.

Um trecho do mandado de prisão apresenta ainda a expressão “Faz o L”, usada por críticos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Como medida de segurança, os acessos à plataforma ficaram restritos por algumas horas, embora esteja preservada a integridade das demais informações que foram, regularmente, produzidas dentro do sistema.

Fontes: cnnbrasil, direitonews e metropoles.

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