Nesta quarta-feira, 3, a PF realizou buscas na casa do ex-presidente Bolsonaro, em Brasília. Os policiais também prenderam o ex-ajudante de ordens do então chefe do executivo, tenente-coronel Mauro Cid Barbosa.
A operação foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF, no inquérito que apura a atuação do que se convencionou chamar “milícias digitais”.
Denominada como Operação Venire, a investigação verifica se teria sido forjados certificados de vacinação de Boslonaro, de sua filha, Laura Bolsonaro, bem como de seu ex-ajudante de ordens Mauro Cid Barbosa, da mulher e da filha dele.
A PF investiga, ainda, a situação de outros membros da comitiva, como a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.
Entenda
Hoje, a PF deflagrou a Operação Venire para esclarecer a atuação de associação criminosa constituída para a prática dos crimes de inserção de dados falsos de vacinação contra a covid-19 nos sistemas SI-PNI e RNDS do Ministério da Saúde.
Estão sendo cumpridos 16 mandados de busca e apreensão e seis mandados de prisão preventiva, em Brasília e no Rio de Janeiro, além de análise do material apreendido durante as buscas e realização de oitivas de pessoas que detenham informações a respeito dos fatos.
As inserções falsas, que ocorreram entre novembro de 2021 e dezembro de 2022, tiveram como consequência a alteração da verdade sobre fato juridicamente relevante, qual seja, a condição de imunizado contra a covid-19 dos beneficiários.
Com isso, tais pessoas puderam emitir os respectivos certificados de vacinação e utilizá-los para burlarem as restrições sanitárias vigentes imposta pelos poderes públicos (Brasil e Estados Unidos) destinadas a impedir a propagação de doença contagiosa, no caso, a pandemia de covid-19.
A apuração indica que o objetivo do grupo seria manter coeso o elemento identitário em relação a suas pautas ideológicas, no caso, sustentar o discurso voltado aos ataques à vacinação contra a covid-19.
Os fatos investigados configuram em tese os crimes de infração de medida sanitária preventiva, associação criminosa, inserção de dados falsos em sistemas de informação e corrupção de menores.
Fonte: Migalhas e CNN Brasil