Rodrigo José Pereira Lima, de 32 anos, foi condenado a 26 anos de prisão em regime inicialmente fechado pela prática do crime de feminicídio contra a ex-companheira Agatha Christie Mafra, de 29, em setembro de 2016 em Joinville, no Norte de Santa Catarina. O júri popular ocorreu nesta terça-feira (16) na mesma cidade.
A vítima foi morta na rua quando ia para o trabalho. Rodrigo confessou ter cometido o crime, segundo o delegado responsável pelo caso na época, Dirceu Augusto Silveira Júnior.
O réu foi condenado por homicídio qualificado por motivo fútil, sem possibilidade de defesa para a vítima e feminicídio. Este é o primeiro júri em Joinville desde que o feminicídio passou a ser uma qualificadora. A sentença foi lida pela juíza Karen Schubert Reimer pouco depois das 21h30. O réu não pode recorrer em liberdade.
Crime
Segundo a polícia, Agatha estava indo para o trabalho quando vizinhos ouviram disparos. A vítima havia registrado quatro boletins de ocorrência contra o ex-marido, informou a Delegacia de Proteção à Criança, Adolescente, Mulher e Idoso (Dpcami).
Como motivação para o homicídio, conforme o delegado, o ex-companheiro alegou que a mulher tinha outro relacionamento afetivo enquanto eles estavam juntos.
A suspeita é de que ela estava ajoelhada quando foi morta com um tiro na cabeça e outro no tórax. O corpo de Agatha foi encontrado em uma rua do bairro Petrópolis, em Joinville, por volta das 7h do dia 11 de setembro.
Segundo a delegada Tânia Harada, responsável pela Dpcami na época da investigação, os registros de ameaça contra o suspeito foram feitos em 2013, 2014 e 2015. Em novembro de 2014, o homem chegou a ser preso em flagrante por lesão corporal e ameaça, mas obteve liberdade provisória.
Fonte: G1