Os parlamentares alegam que o presidente tentou cooptar as Forças Armadas após mudar os comandantes do Exército, da Aeronáutica e da Marinha

Líderes de partidos de oposição no Congresso Nacional pedirão, nesta quarta-feira 31, um novo pedido de impeachment contra o presidente Jair Bolsonaro.

Os parlamentares alegam que o presidente tentou cooptar as Forças Armadas após mudar os comandantes do Exército, da Aeronáutica e da Marinha.

Assinam o documento os deputados Arlindo Chinaglia (PT-SP), Marcelo Freixo (PSOL-RJ) e Alessandro Molon (PSB-RJ), além dos senadores Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e Jean (PT-RN).

Em conversa com CartaCapital, parlamentares da oposição afirmaram que as recentes mudanças no alto escalão do governo federal são uma tentativa de viabilizar a continuidade do seu governo e criar uma aliança com o Centrão para as eleições de 2022.

“As mudanças são uma arrumação pré-eleitoral, pois Bolsonaro atua para consolidar uma área de influência com partidos do Centrão”, avaliou o deputado Orlando Silva (PCdoB-SP).

“O presidente resolveu reagir da pior maneira possível, tentando garantir a governabilidade no Congresso dando a chave do cofre para a sua base política”, disse Alexandre Padilha. “Bolsonaro aposta em um só caminho: garantir governabilidade no Congresso para impedir as instalações da CPI da Covid e do processo de impeachment”, pontua.

Sobre uma suposta tentativa de golpe, de acordo com Chinaglia, o presidente não tem força institucional para conseguir.

“O Bolsonaro não tem liderança, nem autoridade para colocar as Forças Armadas em uma aventura. Como ele dará golpe sem apoio da imprensa, da elite econômica e de outros setores e instituições? Ele não reúne condições”, afirma o parlamentar.

FONTE: Carta Capital

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