Salários dos Ministros do TST Chegam a Quase R$ 700 mil com Retroativos e Penduricalhos
O pagamento de penduricalhos no Judiciário é uma prática que se repete anualmente, especialmente no último mês do ano. Em dezembro, os contracheques dos ministros do Tribunal Superior do Trabalho (TST) alcançaram valores impressionantes, com alguns magistrados recebendo quase R$ 700 mil. Esse cenário levanta questões sobre a transparência e a ética na remuneração dos servidores públicos.
Transparência e Ética na Remuneração do Judiciário
Recentemente, o vice-presidente do TST, ministro Maurício José Godinho Delgado, viu seu holerite atingir a marca de R$ 641 mil, resultado de um pagamento significativo em retroativos e outros penduricalhos. Após as deduções de impostos e contribuições, o valor líquido recebido foi de R$ 394,5 mil, um montante equivalente a quase nove meses de subsídio de um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).
Essa situação não é inédita, uma vez que é comum que os magistrados recebam valores que ultrapassam o teto salarial do funcionalismo público, que é de R$ 44 mil brutos para os ministros do STF. O que se observa é uma prática rotineira que, além de gerar discussões sobre a moralidade dos altos salários, levanta questões sobre a gestão de recursos públicos e a responsabilidade fiscal.
O ministro Sérgio Pinto Martins, por sua vez, foi o que recebeu o maior valor líquido no TST em dezembro de 2024, com um total de R$ 419 mil. Esses números, embora impressionantes, suscitam um debate necessário sobre a adequação e a necessidade de tais pagamentos no contexto atual de crise econômica e cortes em diversas áreas do serviço público.
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