Igor Roque teve seu nome rejeitado pelo plenário do Senado, nesta quarta-feira (26/10), para assumir o cargo de defensor público-geral da Defensoria Pública da União (DPU). Indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o advogado se define como “progressista” e isso desagradou a ala mais conservadora do Congresso.

Em campanha para liderar a instituição, Roque havia destacado uma mudança em sua trajetória profissional: “Eu era procurador federal e optei por migrar para a Defensoria Pública justamente pelo papel que um defensor desempenha. Meu tio-avô desapareceu na ditadura. O nome dele consta no relatório da Comissão Nacional da Verdade”.

O destaque à agenda progressista foi criticado em agosto, quando a DPU organizou um seminário sobre aborto legal. Com a repercussão negativa entre grupos conservadores, a instituição suspendeu o evento.

Advogado formado pela Universidade Católica de Pernambuco, Roque atuou como procurador federal e se tornou defensor público em 2013. Ele presidiu a Associação Nacional das Defensoras e Defensores Públicos Federais (Anadef).

O indicado por Lula também defendeu o hacker Danilo Marques no caso da Vaza Jato, esquema que divulgou mensagens dos membros da operação Lava Jato.

Indicação de Lula

Lula havia recomendado Roque ao cargo no início do ano. Ele substituiu imediatamente o então chefe, Daniel Macedo, indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Roque chegou a ser sabatinado e aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado em julho deste ano, sob relatoria do senador Humberto Costa (PT-PE).

Nesta quarta (25/10), em plenário, o nome recomendado por Lula recebeu 38 votos contrários, 35 favoráveis e uma abstenção. Não há como identificar como votou cada parlamentar, já que este tipo de votação é secreto.

Fonte: Metrópoles

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