Cerca de 30% dos brasileiros irão desenvolver algum transtorno mental ao longo da vida, segundo pesquisa da Associação Brasileira de Psiquiatria. Essas doenças podem ser entendidas como um conjunto de comportamentos e alterações no funcionamento da mente que prejudicam o desempenho de uma pessoa em sua vida social, familiar, laborial e acadêmica.

Metas abusivas, grande competitividade e pressão constante são alguns exemplos de causas – e que quase sempre fazem parte do dia-a-dia de todo profissional. Por isso, transtornos mentais chegam a ser a terceira causa mais frequente de afastamento do trabalho no Brasil, de acordo com dados da Previdência Social.

Depressão, ansiedade e dependências químicas são as mais comuns

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O mais comum no mercado é a depressão, segundo Duílio Antero de Camargo, psiquiatra, médico do trabalho e coordenador do Grupo de Saúde Mental e Psiquiatria do Trabalho do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo. “Em determinados anos, responde por mais de 50% dos afastamentos por transtorno mental”, ressalta.

Segunda colocada no ranking, a ansiedade pode adquirir diversas outras complicações, como a Síndrome do Pânico, por exemplo. Ela pode estar associada a transtornos de estresse pós-traumático – eles surgem depois de acidentes graves com risco de morte. Policiais e bombeiros são tradicionalmente os profissionais mais afetados, mas executivos, que tomam decisões vitais para a empresa, bancários, bastante sujeitos a assaltos, e caminhoneiros, que sofrem sequestros relâmpago, sobretudo nas madrugadas, também entram para o grupo de risco.

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Em terceiro lugar da lista estão as perturbações originadas pelo consumo de substâncias psicoativas, como álcool, maconha e cocaína. Elas atacam principalmente quem trabalha com atividades monótonas e repetitivas, além de profissionais que precisam lidar com aspectos sociais que a maioria das pessoas prefere evitar.

De acordo com o desembargador do TRT-3 Sebastião Geraldo de Oliveira, a crise econômica pode contribuir para o agravamento da situação, pois além de gerar angústia, insegurança, medo e pressão da chefia, com o risco de perder o emprego, também faz que as empresas tenham o investimento em prevenção reduzido.

Assunto será tema do Programa Trabalho Seguro

Devido ao agravamento desse quadro, o assunto será o tema do Programa Trabalho Seguro no biênio 2016/2017. O evento contará com encontros, seminários, congressos e palestras voltadas para o aprofundamento da troca de informações entre o Judiciário e as instituições públicas parceiras na prevenção aos transtornos: Ministério Público do Trabalho (MPT), ministérios do Executivo federal (do Trabalho, da Previdência e da Saúde), Procuradoria da Fazenda Nacional (PFN) e Fundacentro. Essas atividades terão a participação de especialistas, que ajudarão a alcançar uma compreensão melhor do assunto.

Desde a sua criação, o Programa Trabalho Seguro já discutiu, em diferentes períodos, temas para prevenção, como o trabalho na construção civil, o trabalho em transporte, o trabalho rural e acidentes com máquinas, entre outros.

Com informações de: TST, UOL Economia, e Maia Prime

Transtornos mentais em discussão na pós-graduação da Verbo Jurídico

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O ambiente de trabalho tem se tornado cada vez mais exigente, tenso e complexo. Dessa forma, o profissional do Direito precisa conhecer e compreender as transformações que estão ocorrendo no sistema trabalhista atual, bem como a realidade dos próprios trabalhadores.

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