A operação Greenfield, que investiga o uso ilegal de fundos de pensão para projetos de grupos privados, teve, hoje, 14 denúncias aceitas. Atualmente, a ação está nas mãos do juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara Federal em Brasília, que aceitou, nessa segunda-feira, as denúncias feitas pelo Ministério Público.
Estima-se pela acusação que os danos causados pelas operações fraudulentas tenha sido de pelo menos 402 milhões de reais, por meio de uso ilícito dos recursos do fundo, ao permitirem a aprovação de aportes em empresas do grupo Engevix.
Essa mesma operação investiga uso de recursos do fundo J&B, e é a investigação a qual Joesley Batista se referiu em sua ligação com Michel Temer, quando disse que estava tentando comprar juízes e procuradores.
“Verifico que denúncia atende aos requisitos contidos no artigo 41 do Código de Processo Penal, descrevendo de modo claro e objetivo os fatos imputados aos denunciados”, escreveu o juiz na decisão, que tornou réus:
- Demósthenes Marques, ex-diretor de Investimentos da Funcef
- Guilherme Narciso de Lacerda, ex-diretor-presidente da Funcef
- Luiz Philippe Peres Torelly, ex-diretor de Participações Societárias e Imobiliárias da Funcef
- Antônio Bráulio de Carvalho, ex-diretor de Planejamento e Controladoria da Funcef
- Geraldo Aparecido da Silva, ex-diretor de Benefícios, em exercício, da Funcef
- Sérgio Francisco da Silva, ex-diretor de Administração da Funcef
- Carlos Alberto Caser, ex-presidente da Diretoria Executiva da Funcef
- José Carlos Alonso Gonçalves, ex-diretor de Benefícios da Funcef
- Roberto Carlos Madoglio, ex-superintendente Nacional de Fundos de Investimentos Especiais da Caixa Econômica Federal
- José Antunes Sobrinho, sócio da Engevix /Desenvix
- Gerson de Mello Almada, ex-vice-Presidente da Engevix
- Cristiano Kok, sócio da Engevix /Desenvix
- Milton Pascowitch, lobista
- João Vaccari Neto, ex-tesoureiro do PT
A Funcef alega que está cooperando com as investigações e que nenhum de seus atuais diretores foi citado na operação.