Nesta quarta-feira (12), a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado Federal irá sabatinar a indicada de Michel Temer para a substituição de Rodrigo Janot na Procuradoria-Geral da República (PGR), cujo mandato no comando do órgão terminará em setembro deste ano. A sabatina teve início às 10h.
Após a sabatina, ocorrerá uma votação secretá em que a comissão decidirá se a procuradora está, ou não, apta a ocupar o cargo. Caso a indicação proposta pelo atual Presidente da República seja aceita, a indicação passará por votação na Plenário do Senado, onde a decisão será terminativa. Desde 1988 o Senado nunca recusou uma indicação para a PGR.
Na votação, feita entre todos os procuradores do país, Raquel Dodge ficou como segunda colocada, elencando 537 votos. O primeiro colocado foi o vice-presidente Eleitoral, Nicolao Dino com 621 votos, e em terceiro Mauro Bonsaglia, com 564 votos.
Vale a lembrança de que o Presidente pode escolher qualquer procurador do país, não precisando, necessariamente, ser indicado o mais votado. Todavia, a decisão representa uma ruptura com a tradição que se dava desde 2001, de indicar o Procurador mais votado da lista tríplice.
Caso seja aprovada, Raquel Dodge sera a primeira mulher a ocupar o cargo de maior relevância do Ministério Público Federal. Outras mulheres assumiram a posição apenas em casos de vacância do titular do cargo, por indicação é uma situação inédita.
Raquel é Mestre em direito pela Universidade de Harvard e integrante do Ministério Público Federal há 30 anos, ela é subprocuradora-geral da República e atua em matéria criminal no Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Pelo terceiro biênio consecutivo, a procuradora ocupa uma cadeira do Conselho Superior do Ministério Público (CSMP). A possível futura procuradora-geral da República foi procuradora federal dos Direitos do Cidadão Adjunta e auxiliou a redação do 1° Plano Nacional para Erradicação do Trabalho Escravo no Brasil.
Com informações de Agência Brasil.