O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul informou que na tarde desta quarta-feira, 11, o site com informações sobre o sistema de consulta e peticionamento aos processos da Corte foi ‘adulterado por hackers’. Em nota, o Tribunal indicou que o ataque não atingiu processos e outros bancos de dados do Judiciário estadual e que o problema foi corrigido.
Imagens que circulam nas redes sociais registram que o suposto invasor teria escrito no site do TJRS que o ‘sistema de justiça é corrupto’, além de fazer menção ao caso Mari Ferrer, com a expressão ‘estupro culposo’.
O julgamento sobre a acusação de estupro de vulnerável da influenciadora de Santa Catarina esteve entre os assuntos mais comentados nas redes sociais na última semana, após a divulgação de imagens de audiência do processo. Nas gravações, o advogado Cláudio Gastão Filho, que representa o empresário André Aranha (acusado) humilha a vítima.
A invasão também ocorre na semana seguinte ao ataque hacker ao Superior Tribunal de Justiça, que é tratado por peritos como ‘o mais grave ataque’ cibernético já verificado nos órgãos públicos da capital federal.
A Polícia Federal abriu um inquérito para apurar o ataque, que já afetou o julgamento de mais de 12 mil processos, segundo apurou o Estadão. O tribunal também está contando com a colaboração do Centro de Defesa Cibernética do Exército Brasileiro para auxiliar a Secretaria de Tecnologia da Informação e Comunicação da corte na restauração dos sistemas de informática.
Em entrevista ao Estadão, o presidente do Tribunal, ministro Humberto Martins disse que foi alertado pela Polícia Federal sobre possibilidade de novos ataques.
Mais de 255 mil processos tramitam na Corte e, mesmo tendo sido recuperados por meio de um sistema de backup, teriam sido capturados pelo hacker, que adicionou chaves de criptografia ao sistema. Como mostrou o repórter Patrik Camporez, os advogados temem que seus clientes venham a ser chantageados individualmente pelo hacker.
CONFIRA A ÍNTEGRA DA NOTA DO TJRS
Na tarde desta quarta-feira, o hotsite informativo do eproc foi adulterado por hackers, porém sem comprometimento dos sistemas do Tribunal de Justiça.
Constatou-se que o ataque não atingiu processos e outros bancos de dados do Judiciário estadual.
O problema já foi corrigido, com o reforço de proteção para impedir novos acessos, bem como medidas já foram adotadas para rastrear a autoria do ato.
FONTE: ISTOÉ