A Polícia Federal deflagrou na manhã desta segunda-feira, 29, operação para apurar suposto uso ilegal de sistemas da Abin – Agência Brasileira de Inteligência durante o governo Bolsonaro, quando Alexandre Ramagem dirigia o órgão. Segundo divulgado pelo G1, um dos alvos da operação é o próprio filho do ex-presidente, Carlos Bolsonaro.

A operação se dá em continuidade à Operação Vigilância Aproximada, deflagrada na última quinta-feira, 25. Segundo a PF, o objetivo é investigar organização criminosa que se instalou na Abin com o intuito de monitorar ilegalmente autoridades públicas e outras pessoas, utilizando-se de ferramentas de geolocalização de dispositivos móveis sem a devida autorização judicial.

Na decisão que deu início à investigação, ministro Alexandre de Moraes afirmou que o ex-diretor da Abin, Alexandre Ramagem, usou o órgão para fazer espionagem ilegal a favor da família do ex-presidente.

A polícia realiza busca e apreensão em contatos de Ramagem, para apurar possíveis destinatários de informações. Um dos locais apontados pela fonte da PF é a Câmara do Rio de Janeiro.

“Abin paralela”

Na quinta, 25, Alexandre Ramagem foi alvo de busca e apreensão. Foram apreendidos em endereços dele quatro computadores, seis celulares e 20 pendrives. Entre os aparelhos, haveria um notebook e um celular da Abin.

Os crimes, segundo as investigações, envolviam o uso do software “First Mile”, ferramenta de geolocalização que permite identificar as movimentações de pessoas por meio dos celulares delas.

As provas obtidas a partir das diligências executadas pela Polícia Federal indicam que grupo criminoso criou uma estrutura paralela na Abin e utilizou ferramentas e serviços daquela agência de inteligência do Estado para ações ilícitas, produzindo informações para uso político e midiático, para a obtenção de proveitos pessoais e até mesmo para interferir em investigações da Polícia Federal.

Fonte: Migalhas

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