A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta terça-feira (4) a segunda fase da Operação Postal Off, que começou em Santa Catarina e investiga fraudes nos Correios.

Segundo a PF, a operação busca desarticular organização criminosa suspeita de subfaturar valores devidos à EBCT ( Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos ), além de desviar para si grandes clientes no seguimento de postagem de cartas comerciais.

São cumpridos 12 mandados de busca e apreensão em São Paulo (SP), Praia Grande (SP), São Vicente (SP) e Rio de Janeiro (RJ), em residências de investigados e sedes da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (EBCT).

Essa é a segunda fase da operação desencadeada em 2019 pra desarticular organização criminosa que subfaturava valores devidos à Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, além de desviar grandes clientes no seguimento de postagem de cartas comerciais. O esquema conta com a participação ativa de funcionários dos Correios, que faziam com que grandes cargas de seus clientes fossem distribuídas no fluxo postal sem faturamento ou com faturamento muito inferior ao devido. Nessa fase da operação, foram identificados indícios de participação de um empresário titular de agências franqueadas dos Correios e de sete funcionários dos Correios, que atuavam auxiliando nas postagens ilegais.

Privatização

Enquanto tenta sanar essa crise, o governo de Jair Bolsonaro avança com o plano de privatização dos Correios. O entendimento é de que a pandemia deixou claras as dificuldades financeiras e operacionais da empresa e, por isso, pode criar o ambiente adequado para esse debate. Afinal, a desestatização dos Correios está no plano do governo há tempos.

Privatizar os Correios não é uma missão fácil. Além de superar a resistência, o governo precisa tratar de questões constitucionais e financeiras para isso. Hoje, os Correios têm o monopólio do setor postal. Por isso, será preciso mudar a Constituição para permitir a entrada da iniciativa privada nesse mercado. Além disso, é preciso encontrar uma forma de tornar a empresa atrativa, mesmo com seu deficit de R$ 2,4 bilhões e os seus quase 100 mil funcionários.

Fonte: G1

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