O Projeto de Lei 1015/23 classifica como atividade de risco o exercício da advocacia em todo o território nacional, independentemente da área de atuação do profissional regularmente inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). A proposta está em análise na Câmara dos Deputados.
Na prática, o texto passa a permitir que advogados sejam autorizados a portar armas de fogo em razão do “exercício de atividade de risco”, o que já é assegurado a outras categorias pelo Estatuto do Desarmamento.
“O exercício da profissão de advogado (público ou particular) possui os mesmos riscos daquela desenvolvida por magistrados e promotores de Justiça, ainda que fiquem em polos diversos nas demandas judiciais”, afirma o autor, deputado Coronel Telhada (PP-SP). “Nada mais justo do que equiparar os direitos quanto ao porte de arma de fogo.”
Tramitação
A proposta ainda será despachada às comissões temáticas da Câmara.
Entenda o debate
O debate sobre a classificação da advocacia como atividade de risco e a consequente autorização para o porte de armas de fogo tem gerado controvérsias entre os profissionais do Direito e a sociedade em geral. De um lado, há aqueles que defendem a medida como uma forma de garantir a segurança dos advogados frente às ameaças e riscos inerentes ao exercício da profissão, especialmente em casos que envolvem criminalidade e corrupção. Por outro lado, existem aqueles que argumentam que o porte de armas pode aumentar a violência e colocar em risco não apenas os próprios advogados, mas também seus clientes e o público em geral.
Além disso, é importante mencionar que a possibilidade de advogados portarem armas de fogo não é uma questão isolada no cenário político brasileiro. Nos últimos anos, diversos projetos de lei e decretos relacionados ao tema têm sido apresentados e discutidos em diferentes esferas governamentais. A flexibilização do Estatuto do Desarmamento e a ampliação do porte de armas para outras categorias profissionais também estão em pauta, o que evidencia o interesse crescente em se debater políticas de segurança pública e a forma como a sociedade lida com a violência.
Conclusão e questionamento
Em conclusão, o tema do porte de armas para advogados, classificando a profissão como atividade de risco, levanta importantes questões éticas, de segurança e de políticas públicas. Se você é um advogado, qual é a sua opinião sobre o assunto? Você é favorável à autorização do porte de armas como uma medida para garantir a sua segurança no exercício da profissão, ou acredita que tal medida pode trazer mais problemas do que soluções, aumentando os riscos e a violência no contexto em que atua? Refletir sobre essas questões é fundamental para entender e participar do debate acerca de políticas que afetam diretamente a sua profissão e a sociedade como um todo.
Fonte: Agência Câmara de Notícias