Pode até parecer coisa de alguém metido, mas o sobrenome é – sem sombra de dúvidas – um dos ativos mais importantes na carreira jurídica.

Não pela origem apenas, ou pela tradição, já que temos sobrenomes que são sinônimos jurídicos, entretanto, mesmo para quem está iniciando ou formando a sua marca jurídica o nome e sobrenome são um ativo essencial e único.

Diante desta realidade, dois aspectos são importantes: um do lado da advocacia singular e outro do lado da advocacia corporativa.

Sobrenomes

Advocacia Singular

Na advocacia singular, o nome com sobrenome formam o principal ativo do escritório, uma vez que formam a marca jurídica. Advogado tem é o seu nome e isto. Nada mais. Não pode criar nome fantasia, empresa, CNPJ. Precisa manter seu nome, blindar sua marca, pensar que em cada momento da vida ele será lembrado pelo seu nome.

Assim, seus atos, tanto presenciais quanto eletrônicos – leia-se redes sociais – devem ser calculados para que a sua marca não seja manchada.

Advogados corporativos

O mesmo vale para os advogados corporativos, mas estes devem ter um cuidado extra em especial: não deixarem a empresa se transformar num sobrenome adicional.

Quantas vezes conhecemos ou somos apresentados a pessoas que são conhecidas como fulano da empresa X, ou beltrano do escritório Y?

Quer dizer, o profissional perde a sua identidade como profissional e passa a ser bom ou importante porque pertence a empresa tal e não pelo seu profissionalismo e principalmente pela sua capacidade que será reconhecido.

E o que isto faz?

Num primeiro momento é maravilhoso, ser reconhecido como um bom profissional, porque a empresa está bem, tem prestígio, sucesso. Mas, e se a empresa quebrar? E se a empresa se envolver num escândalo?

Você, que cumpriu tudo, ajudou a empresa a crescer, sabe de todo potencial que tem será manchado, maculado pelas decisões de acionistas ou de pessoas que levaram a bancarrota a empresa?

A carreira jurídica é muito mais do que apenas uma empresa ou escritório.

Você deve criar diferenciais, ter um nome e sobrenome e se apresentar como no cargo xxxx. E não da empresa xxxx. Como assim?

Ao invés de Fulano da empresa XXX, apresente-se como Fulano Beltrano, advogado da empresa XXX. Quer dizer, hoje da empresa XXX, amanhã da empresa YYY e continua sendo o advogado Fulano Beltrano. Não perde a identidade, não perde o seu próprio profissionalismo.

Advocacia singular ou corporativa, o importante é que o advogado tenha o seu nome e sobrenome claro, objetivo e mantido, independente das empresas ou escritórios.

Pense e lute pela sua marca jurídica, que é o seu nome e sobrenome. Sua carreira jurídica agradece.


Texto originalmente publicado no Blog do Dr. Gustavo Giraldello, professor do Curso de Extensão Gestão de Escritório de Advocacia do Verbo Jurídico.

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Consultor nas áreas de gestão e tecnologia estratégicas, sócio da Consultoria Gustavo Giraldello e professor da Verbo Jurídico. Contato: [email protected] / +55 (51) 98163.3333

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